
Gerir pessoas vai muito além de delegar trabalhos, dar ordens e tentar criar um ambiente corporativo melhor. A gestão de pessoas envolve aspectos emocionais e físicos das pessoas colaboradoras, além da capacidade de atrair e reter os melhores talentos com maestria. Ao reconhecer a importância de gerir pessoas, a empresa verá mudanças estruturais e maior engajamento da equipe. Isso aumentará os lucros da organização e vai melhorar o ambiente de trabalho. Neste artigo, vamos te mostrar quais são os quatro pilares que tornam uma gestão de pessoas eficiente e prática. Acompanhe:
1. Poder

O poder é a capacidade que uma pessoa tem de mudar atitudes e comportamentos de outros indivíduos. Fazendo isso, uma pessoa gestora consegue gerenciar e influenciar a equipe de maneira mais eficaz e consciente.
Mas como adquirir e exercitar o poder? O livro Guia Essencial para Gestão de Empresas (The Essential Manager’s Handbook) traz um manual que mostra as formas de construir poder. Veja algumas delas:
- Poder de associação: Ter contato direto com pessoas que já exercem funções de liderança pode ajudar você a aumentar sua influência na organização. Por isso, foque em alianças e possíveis amizades com esses indivíduos.
- Expertise: Torne-se um especialista em áreas que exigem habilidades específicas. Criar expertise em uma área que a empresa necessita dará a você poder dentro da organização.
- Carisma: Uma pessoa carismática geralmente faz com que mais pessoas se identifiquem com ela. Isso gera uma relação de confiança e aumenta sua influência.
- Acesso à informação: Uma pessoa bem informada e com dados relevantes em mãos também detém poder.
Tipos de poder:
- Poder de recompensa: Capacidade de oferecer incentivos, como bônus, promoções ou reconhecimento, para engajar e motivar as pessoas colaboradoras.
- Poder coercitivo: Baseado na imposição de punições ou consequências negativas, como advertências ou demissões.
- Poder legítimo: Deriva da posição formal que alguém ocupa na hierarquia da empresa.
- Poder de referência: Vem do respeito e da admiração que os outros têm por você.
- Poder de especialista: Baseado no conhecimento técnico ou na experiência em determinada área.
- Poder de informação: Baseia-se no controle e na posse de informações relevantes que podem influenciar decisões.
2. Resolução de problemas

A resolução de problemas é um pilar fundamental da gestão. Afinal, uma pessoa líder está ali para manter tudo em ordem — e isso envolve lidar com os obstáculos que aparecem no caminho. Além de resolvê-los, os gestores também precisam ser capazes de identificá-los com clareza.
Esse processo pode ser complicado, mas aqui temos um guia com o passo a passo da resolução de problemas:
- Identificar: A primeira coisa a fazer é perceber qual é exatamente o problema que está à sua volta.
- Definir: Faça uma análise cuidadosa da situação a ser resolvida.
- Tomar a decisão: Avalie as alternativas e escolha a melhor ação.
- Implementar: Estabeleça um plano de ação efetivo para resolver o problema.
- Acompanhar: Monitore o processo para garantir bons resultados.
3. Ética

Escolher um caminho ético pode parecer óbvio. Poucos de nós roubaríamos ou enganaríamos. Mas, em situações corriqueiras dentro da empresa, você — como líder — consegue enxergar as situações éticas e agir de forma exemplar para as pessoas que são suas colaboradoras? As questões éticas podem ser mais complexas de serem compreendidas do que parecem.
A ética refere-se às regras ou princípios adotados por uma comunidade para definir o que é certo e o que é errado. Agir de forma ética nos é ensinado na infância e perpetua durante toda a vida. Mas, em um ambiente corporativo, ser ético pode ser desafiador.
No livro encontramos como exemplo o seguinte dilema:
“Um membro da equipe, depois de alguma pressão de sua parte, arranjou outro emprego. Você está aliviado porque não terá que demiti-lo; o trabalho dele estava aquém do padrão já havia algum tempo. Mas seu alívio se transforma em desalento quando ele lhe pede uma carta de recomendação. Você nega e corre o risco de ele não sair? Ou escreve a carta, sabendo que está influenciando alguém a contratá-lo?”
Ser eticamente responsável envolve questões morais, mas também jurídicas, já que muitos atos antiéticos são também ilegais.
Para desenvolver a ética, você deve:
- Conhecer e entender a política da empresa quanto à ética;
- Ficar alerta sobre situações que podem promover atividades antiéticas;
- Considerar todas as consequências possíveis;
- Buscar opiniões de outras pessoas;
- Fazer o que realmente acredita que está correto. Se uma situação vai contra sua moral, você precisa ouvir seus padrões éticos internos.
4. Garantir a adequação cultural

Adequação cultural é a sintonia entre as preferências, comportamentos e valores pessoais de uma pessoa colaboradora com os da organização. Isso é essencial, pois empresas que contratam pessoas alinhadas com sua cultura interna costumam ter equipes mais engajadas, produtivas e satisfeitas.
75% dos entrevistados com menos de 30 anos citam a cultura organizacional como importante para escolher instituições empregadoras, segundo dados do livro mencionado.
Desenvolver e sustentar uma cultura organizacional forte requer consistência. Um bom exemplo é o de empresas que padronizam o atendimento em todas as unidades e treinam seus colaboradores para oferecer a mesma experiência a todos os clientes. Quanto mais alinhado o seu estilo pessoal estiver à cultura da empresa, maiores as chances de sucesso.
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Referência:
Philip L. Hunsaker e Johanna Hunsaker. The Essential Manager’s Handbook. London: DK Publishing, 2016.