Prejuízo com golpes digitais cresce 21%

A tecnologia digital avança a passos largos a cada ano, transformando a maneira como vivemos, trabalhamos e fazemos negócios. No entanto, o crescimento do número de usuários e a conveniência das transações online trouxeram consigo um problema colateral. A tecnologia virou porta de entrada para golpes.

Assim como o vício em apostas se infiltra na rotina, a fraude digital se camufla na interface familiar do celular, do e-mail ou do aplicativo de mensagens. A promessa de facilidade do PIX e a instantaneidade da comunicação se tornaram, para os golpistas, ferramentas de lucro fácil.

Segundo a 3ª edição do Estudo Golpes com Pix, os crimes de estelionato digital tiveram um crescimento brutal de 408% em comparação com o registrado em 2018. Esse salto reflete a migração lucrativa do crime das ruas para o ambiente online, onde a punição é mais difícil e o anonimato é maior.

Neste cenário de inovações e ameaças ocultas, entender como reconhecer e se proteger de possíveis estelionatos se tornou uma necessidade para a saúde financeira e a tranquilidade de milhões de brasileiros. A estimativa é que 56 milhões de brasileiros tenham sido vítimas de golpes e fraudes digitais nos últimos doze meses. Em números chocantes, isso significa que um em cada três brasileiros teve algum prejuízo digital no período.

Dentre os mais diversos golpes, cerca de 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes financeiros que envolviam PIX ou boletos bancários.O que levanta preocupações sobre essa recente forma de pagamento que promete facilitar a vida dos brasileiros. Além do aumento no número de casos, o prejuízo médio por vítima subiu 21% em um ano, atingindo a média de R$ 2.540 em 2025. O que era invisível se torna inevitável e financeiramente devastador.

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Mas como são feitos esses golpes? 

Se a vulnerabilidade humana frente ao vício é explorada no caso das apostas, a confiança e a falta de atenção são os alvos no caso dos golpes digitais. O criminoso não invade um sistema,  ele convence a vítima a entregar o dinheiro. 

Num país onde o crime virtual se tornou o novo “investimento alternativo” para golpistas, investir em conhecimento e em estrutura de proteção é o verdadeiro diferencial.

Como se proteger: 

  • É fundamental questionar:  Se o banco ligar, desligue e ligue de volta para o número oficial. Se o familiar pedir dinheiro por mensagem, ligue e ouça a voz dele. A urgência é sempre o sinal de alerta.
  • A Autenticação de Dois Fatores (MFA) deve ser ativada em absolutamente todos os serviços que a oferecem (WhatsApp, bancos, e-mail). Ela exige uma segunda prova de identidade, impedindo o acesso do fraudador mesmo que ele tenha roubado sua senha.
  • Educação Financeira e Digital: Assim como as empresas investem em ações de conscientização sobre jogos de azar e seus riscos, é preciso investir em palestras e treinamentos sobre finanças digitais e controle de gastos. Um colaborador desestabilizado financeiramente ou desinformado digitalmente está mais sujeito a maior vulnerabilidade a golpes digitais.Item da lista
  • Ao desconfiar de uma página falsa, confira o cadeado ao lado do endereço do site. Ali estarão todas as informações sobre a propriedade daquele domínio. Observe sinais, como: URL suspeita, design e erros ortográficos, ausência de HTTPS.
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Referências

Mais de 24 milhões de pessoas foram vítimas de golpes pelo PIX. RÁDIO SENADO, 2025. Dísponivel em: https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2025/08/18/mais-de-24-milhoes-de-pessoas-foram-vitimas-de-golpes-pelo-pix

Silveguard. Estudo Golpes Com Pix, 2025. Disponível em: https://www.linkedin.com/posts/mnetto_estudo-golpes-com-pix-2025-silverguard-activity-7389250910222188544-yxPT?utm_source=share&utm_medium=member_desktop&rcm=ACoAAEaIB2MB9OhZw4Y1z89VRRZschgJV2AQaDg

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