2026: O que realmente vai definir a IA

Em 2025, duas letras dominaram as apresentações de slides: IA. E a pricipal coisa que vinha a cabeça quando essas letras apareciam na tela, eram as plataformas de inteligência artificial (IA) generativa, como o Gemini ou ChatGPT, funcionando como assistentes virtuais ou chatbots avançados.

Mas, ao olharmos para 2026, o cenário mudou. O contexto agora é outro, a IA generativa já está ficando para trás e os dados são bem menos confortáveis para quem achou que bastava “ligar” a IA e esperar o lucro cair na conta.

1. O fim da fase de testes

O que os dados de 2025 nos mostraram é que há um abismo entre usar e escalar. Segundo uma pesquisa da McKinsey, mais de 88% das empresas usam IA regularmente. No entanto, só um terço conseguiu levar isso além de pequenos projetos-piloto.

O problema? Não é a tecnologia, é a cabeça de quem manda. Rodrigo Barbosa e Silva, CEO da Livix, comparou esse momento ao início da internet comercial. Ele explicou que “entrar na internet” no começo dos anos 2000 era um jargão vazio que não aumentava a produtividade. A virada só aconteceu quando as empresas pararam de “estar” na rede e passaram a criar nela.

Para o Rodrigo, 2026 é o ano dessa maturidade:

“Vamos ‘desinflacionar’ as expectativas com plataformas genéricas como ChatGPT e Gemini. As empresas já experimentaram o básico. Agora, elas percebem que não basta usar a IA, é preciso implantá-la nos processos. 2026 será o ano em que as empresas começarão a efetivamente criar com IA. Isso muda tudo!”

2. O descompasso entre a estratégia e o Board

A realidade é dura! Enquanto a IA corre a passos largos, a liderança marcha lentamente. De acordo com o estudo The AI Reckoning, da McKinsey, menos de 40% das grandes empresas divulgavam, em 2024, a supervisão de IA por seus conselhos ou por alguém com experiência na área. Pior ainda: a maioria dos conselheiros declarava ter pouco ou nenhum conhecimento técnico sobre o tema.

Isso é perigoso porque a IA mexe na própria economia do negócio. Ela altera as margens, muda a velocidade de aprendizado e pode tornar um modelo de negócio diferente em meses. Se o conselho não entende se a empresa deve ser uma “pioneira” (que reinventa o modelo) ou uma “adotante pragmática” (que foca em eficiência rápida), a empresa fica num limbo.

IA no mercado imobiliário e no marketing

Para não ficarmos apenas na teoria, vamos olhar para dois setores que estão sentindo essa pressão agora: o imobiliário e o marketing.

No setor imobiliário comercial, a IA vai chegar com força. Até 2026, a adoção de IA na área deve crescer em mais de 40%. O ponto agora é usar dados para prever tendências de ocupação. Plataformas baseadas em IA já estão sendo usadas para combinar espaços de forma inteligente, cruzando dados de fluxo de pessoas e de comportamento em tempo real.

Já no marketing, a personalização é o principal uso da IA em 2026. Mas esqueça aquela personalização barata de colocar o nome do cliente no e-mail. Estamos falando de marcas que entendem que, por exemplo, a Geração Z consome de forma totalmente diferente da dos Boomers. Enquanto os jovens estão mergulhados em buscas visuais e em assistentes de voz, as gerações anteriores ainda valorizam o toque humano.

O desafio do profissional de marketing é ser universal na estratégia e personalizável ao mesmo tempo. Não há mais espaço para campanhas isoladas. Se a sua marca não for autêntica e não gerar impacto concreto (não basta mais falar de “sustentabilidade”; o consumidor quer ver o benefício no bolso e no bem-estar), você vai ter prejuízo.

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À medida que a IA vira infraestrutura, ela traz novos riscos. Não estamos mais falando apenas de um bot que fala no chat. Estamos falando de modelos que podem gerar problemas de cibersegurança e imprecisões que afetam decisões críticas.

Conclusão

O futuro que a Livix deseja para 2026 é um mundo em que a liderança é mais humana do que nunca. A tecnologia vai cuidar da parte pesada, da escala e da automação. Mas a estratégia, o propósito e a conexão real continuam sendo das pessoas.

Ou seja, pare de tratar a IA como uma curiosidade tecnológica. Comece a tratá-la como uma estratégia do seu próximo produto, do seu próximo processo. A internet não mudou nada até que começamos a criar nela. Com a IA, a história se repete. Você vai ser um usuário ou um criador?

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Referências Bibliográficas

BARROS, L. Tendências para o trabalho em 2026: com foco (ou não) em Marketing. LinkedIn, 2024.

CBRE. European Investor Intentions Survey 2025. Londres: CBRE Research, 2025.

KLEVANKSY TAILLADE, I. AI set to transform commercial real estate and proptech by 2026. Europe Real Estate (REP), 2024.

MCKINSEY & COMPANY. The AI Reckoning: How Boards Can Evolve. McKinsey Quarterly, 2025.

MCKINSEY & COMPANY. The State of AI in 2025: Generative AI’s breakout year. McKinsey Global Institute, 2025.

PETTERLE, R. O teste da IA para conselhos em 2026: fluência, não modismo. LinkedIn/Transformational Governance, 2024.

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